O prefeito de Mongaguá, Paulo Wiazowski Filho (DEM), anunciou nesta terça-feira (22/5) seu afastamento, até outubro, da presidência do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) -- órgão que reúne os nove chefes de Executivo da região e, em igual número, representantes do Governo Estadual. Motivo: em breve, Paulinho lutará pela própria reeleição.
Logo mais, deixará o posto, ao menos também temporariamente, o diretor-executivo da Agência Metropolitana (Agem), Marcos Aurélio Adegas. Coordenará a campanha do cunhado, o deputado estadual e atual secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), à Prefeitura de Santos.
É importante que se afastem. Nada melhor do que reconhecer suas limitações e admitir não poder tocar duas coisas importantes ao mesmo tempo. A política partidária é, sim, importante. Lutou-se por décadas para a plena retomada do regime democrático, no País. E, por mais viciados que sejam os esquemas políticos, antes esses do que nenhum do qual a população participe.
Porém, passou da hora de discutir algo igualmente relevante: o caráter político de órgãos aparentemente técnicos, onde se promovem debates e desenvolvem estudos. Não tanto o Condesb, um órgão político de fato, pois é sempre presidido por um prefeito local; mas a Agem, considerada o 'braço' do conselho na execução de projetos metropolitanos, não pode ficar à mercê de idas e vindas políticas.
Talvez Paulinho nem sequer devesse ter assumido o Condesb. Ficou pouco mais de três meses no posto, e já se sabia que concorreria à reeleição antes mesmo que tomasse posse do primeiro mandato. E Adegas comanda a Agem por indicação política, como foi com todos os antecessores. A Agência precisa de um técnico com mandato fixo e que não esteja sujeito a ingerências políticas a cada dois anos.
Em tempo: o novo presidente do Condesb é o superintendente da Sabesp na região, João César Queiroz Prado.
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