O cancelamento do debate entre candidatos a prefeito de Santos na TV Tribuna, afiliada da Rede Globo na Baixada Santista, talvez seja o desperdício da última chance de se mudar o quadro eleitoral na cidade. O encontro ocorreria nesta quinta-feira (4/10) à noite, último dia para debates do gênero.
A emissora justificou a decisão com ações judiciais impetradas por PSL, PSOL e PSTU, das quais não há mais tempo para recorrer. A Globo orienta que seus debates tenham, no máximo, seis concorrentes. Em Santos, são nove. Os representantes desses três partidos ficariam de fora.
Não vai, aqui, nenhum julgamento sobre a necessidade de haver ou não segundo turno. Mantenho a opinião de que todo cidadão deve se preocupar com as eleições já no primeiro turno, em vez de deixar os debates para a última hora -- ou depois dela.
O problema é que, sem dúvida, o debate da TV Tribuna teria mais audiência do que os demais. Causaria nervosismo a candidatos menos experientes ou menos preparados. Poderia fazer alguns mudarem de ideia, fosse para reduzir ou aumentar a vantagem do líder nas pesquisas.
Liderança que, aliás, só tem feito aumentar para Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) nos últimos levantamentos. Já faz uns dois meses, pelo menos, que se fala em liquidação da fatura já neste domingo.
Últimas pesquisas -- Essa dianteira pode se confirmar (ou não) em quatro pesquisas de intenção de voto que serão divulgadas de quinta-feira em diante: as do Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT, prevista para quinta), do Opinião (para quinta ou sexta), da Enfoque (para sexta) e do Ibope (sábado, véspera do primeiro turno).
Não parece haver novas cores para mudar o quadro pintado até agora. É esperar pelas tintas.
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