Hoje começou a restrição ao tráfego de ônibus fretados
Moraes teria razão se houvesse um sistema de metrô com tamanho adequado à demanda. As filas que vi na estação Santos-Imigrantes, na Zona Sul da Capital e que receberá o maior afluxo de novos usuários, mostraram que não. E se está longe disso.
Como as dimensões do transporte metroviário não são as corretas e as linhas de ônibus municipais criadas pela Prefeitura, destinadas a receber parte dos viajantes de fretados, ficaram quase às moscas, não é para menos que Moraes quase apanhou no meio da rua.
Essa situação também comprova que decisões tomadas de cima para baixo não agradam a quase ninguém. Até mesmo paulistanos (que também se valem de fretados para ir de uma cidade a outra) se queixaram. TVs, rádios, Internet já expuseram o que houve.
Quando Moraes afirma que não se pode deixar que 44 mil pessoas atrapalhem 3,8 milhões, fala de modo prepotente. Há 44 mil vítimas de uma imposição, sem considerar empresários. Se os interessados ainda querem revertê-la, terão de ser mais ativos.
Em tempo: a assessoria de imprensa do deputado estadual Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) me telefonou nesta tarde para dizer que o parlamentar estará reunido, na quinta-feira, com Alexandre de Moraes (foto). Esperam-se menos conversas e mais soluções. Se o secretário for minimamente sensível, perceberá que a confusão que ajudou a criar (pois foi respaldada pelo prefeito Gilberto Kassab, do DEM) precisa ser resolvida logo.
Moraes, renomado advogado, é doutor em Direito do Estado. No Brasil, sinônimo de Direito Público, descrito pela Wikipédia como “o ramo do direito que dispõe sobre interesses ou utilidades imediatas da comunidade”. Se o secretário não entende tanto assim de transporte, que use seu conhecimento jurídico para fazer bem às pessoas que trabalham
4 comentários:
Kassab e Moraes são dois imbecis. Já tinham feito uma dessas com os caminhões, que não podem circular em algumas das principais vias de São Paulo - ou melhor, podem, mas respeitando o horário do rodízio. Em vez de esperar a entrega do trecho Sul do Rodoanel, inventaram essa regrinha para tentar lucrar politicamente - e conseguiram. Com isso, agora os caminhões ficam parados às margens das rodovias, muitas vezes carregados até com produtos perigosos.
Em relação aos fretados, cabe aos prefeitos das cidades vizinhas tentar dissuadir a dupla de mais essa burrice. Se é que ainda dará pra reverter...
Prezado, as autoridades agem como se quem usa fretado é rico ou quer mordomia. Subi e desci a Serra por 4 anos para fazer faculdade. Acordava de madrugada. Chegava a Santos triturado. E tinha 17 anos!
Por que não houve mobilização dos nobres parlamentares - temos 7?? - para tentar reverter essa decisão??
Olá Rafael
É triste ver que uma decisão desse tipo vai na contramão de tudo o que se tem divulgado como pos´sivel solução para o trânsito. Os ônibus são sempre apontados como instrumento priomordial para desafogar o trânsito.
Para acrescentar na sua futura análise sobre o assunto, o trânsito piorou ontem durante o dia (bem antes do protesto do final da tarde), ao invés de melhorar. E a equação é simples: muitos dos usuários de fretados passaram a usar os carros e, mesmo com o rodízio, irão atravancar ainda mais o tráfego nas vias do Centro Expandido paulistano. abs do amigo Luiz Otero
Há pouco tempo atrás fui testemunha da mesma política descricionária com os "farofeiros", em seus fretados vndos à Santos para o lazer. Agora os daqui sofrem com a mesma política. -"Mas a situação dos "farofeiros" poluia, e os trabalhadores são limpinhos." O combustível dos fretados abastecidos aqui contém 2.000 partes de enxofre por unidade de diesel, enquanto na capital apenas 500 partes. O ideal é que haja união para se chegar à 10 partes de enxofre por unidade de diesel em todo território nacional, e aí serão todos limpinhos, pois a "Partícula está ligada a doenças cardiovasculares.' 'A Cetesb estima que veículos sejam os principais responsáveis pelo problema, já que elementos ligados aos combustíveis representam mais de 40% da massa de poeira fina.' 'Qualidade do ar foi reprovada tanto no padrão máximo de poeira fina tolerado nos EUA, como nos parâmetros que a OMS considera como limite.' 'Comparada com os EUA, a Grande SP chega a registrar até 48% mais de poeira fina no ar. O valor dobra quando a referência é a própria OMS." (SÃO PAULO, Folha Jornal, domingo, 19 de julho de 2009, p.C1). Por favor aceitem esse desafio de reflexão. Ricardo.
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