A mídia perde terreno

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Nós, da mídia, conseguimos: do ano passado para cá, fomos a instituição que mais perdeu credibilidade entre as 22 relacionadas pelo Ibope num levantamento feito com 2.002 pessoas, de julho a novembro. Neste ano eleitoral, em que a chamada Grande Imprensa tomou partido contra o atual Governo, só fez aumentar o prestígio do presidente que se despede, Luiz Inácio Lula da Silva. 

O comunicado do instituto, que o colega Bruno Guedes repassou para mim hoje, tem como título "Sistema eleitoral apresenta alta no Índice de Confiança Social, enquanto meios de comunicação têm leve queda". O Ibope é tão bonzinho...

Foi um escorregão de quatro pontos percentuais: o índice dos que acham a mídia confiável desceu de 71% para 67% do total, ou dois terços dos cidadãos consultados. Foi ultrapassada pelo presidente da República (de 66% para 69%), num ano em que o Governo Federal esteve submetido a um bombardeio da Imprensa, muitas vezes, sem fundamento.

O Governo, aliás, foi a segunda instituição brasileira em ganho proporcional de confiança popular. Cresceu seis pontos percentuais, de 53% para 59% dos entrevistados. Vitória para o sistema eleitoral do País, tido como confiável para 56%, com sete pontos de elevação ante 2009.

Eleita a presidente Dilma Rousseff, mas ainda não empossada, a mídia já vai mostrando a que veio. A continuar assim, batendo sem convencer de que a outra parte merece apanhar, seguirá ladeira abaixo perante a opinião pública que ainda acredita ser capaz de formar.