(Um poema meia-boca pelos 465 anos de Santos)
Quatro Meia Cinco
O ano de 69 corria
Quando começou o declínio
Num golpe de covardia
A ditadura cassou Tarqüínio
Sem prefeito, vieram intendentes
E a velha cidade foi pros ares
Mas nada diziam os descontentes
Pois governavam os militares
A solução foi eleger
Parlamentares da oposição
Até a Autonomia acontecer
E voltar a haver eleição
Em 84, com alegria,
Justo foi eleito pelo povo
O gosto pela democracia
Levou a experimentar o novo
Foi assim com a pioneira
Escolha de Telma prefeita
Que ajudou a avançar inteira
A cidade, ainda que imperfeita
O próximo foi Capistrano,
Médico que entendia de saúde
Sua gestão, porém, a cada dia
Piorava e se criticava amiúde
Como consequência do malfeito,
Uma tragédia em dois atos:
A vitória de Mansur prefeito
Para um par de mandatos
Hoje, o asfalto solapa
A condução atrasa,
A favela inunda
Tem nome de pontífice
O atual prefeito Papa
Que da cidade extravasa
A beleza que abunda,
Mas não é seu artífice
Antes de Cubas era bela
E muitos lutaram com afinco
Para hoje olharmos para ela,
SANTOS, aos quatro meia cinco
3 comentários:
Agora faça um em prosa, como Marcelo Rubens Paiva: "Santos não afunda porque..."
Já sei como termina, Nando... Mas ele está enganado. Santos naufragou pra muita coisa há muito tempo. Na cultura, na civilidade, no progressismo e na batalha contra as injustiças, se tornou uma espécie de 'Recreio' (aquele navio que encalhou no Canal 6 há 40 anos e que ainda não foi totalmente removido de lá).
Sem levar em conta que não tem métrica - e essa insistência boboca nessa coisa de ditadura (pretexto para se explicar coisas que não se entende e jamais se tentou entender)-, infame é falar da história de Santos sem citar os irmãos Andrada. Infame!
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