Devo confessar que acompanho mal e porcamente qualquer campeonato de futebol. Até gosto de ver, mas não sei nem sequer escalar o time do Santos. A bem da verdade, é difícil escalar qualquer time, hoje em dia.
Mas o técnico Adilson Batista caiu. Não está mais à frente do Peixe, por decisão da diretoria, após o empate de ontem, por 1 a 1, na Vila Belmiro, com o modesto São Bernardo.
Este é o resultado não só de sábado, nem de algumas partidas deste ano. Tudo começou em setembro do ano passado, quando, numa discussão com o então treinador, Dorival Júnior, o atacante Neymar recebeu uma dura para voltar à linha -- o rapaz andava um tanto desequilibrado.
No episódio, Dorival decidiu não escalar o atacante contra uma partida contra o arquirrival Corinthians, como punição por seu mau comportamento. Vai daí que a diretoria decidiu dispensar o técnico, numa queda de braço em que (na minha opinião, desgraçadamente) se deu razão a Neymar.
Para que você entenda, as atitudes do jogador haviam sido tão questionadas que ele acabou ficando de fora dos compromissos seguintes da Seleção Brasileira -- o técnico Mano Menezes não o escalou.
Desde então, os dirigentes do Santos, que assumiram o cargo com promessas, até então cumpridas, de novos tempos para a equipe, também desandaram. O time tem sido irregular. Não voltou a ser a mesma coisa.
Há remédio para tudo. Mas Adilson, de 11 jogos, só perdeu um. Pressão da torcida, justifica o presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro. O time, enquanto instituição, está acima de certas intempéries. Mas o sol poderá não raiar tão cedo, de novo, caso o Peixe se torne uma equipe complicada demais para atrair treinadores competentes e dispostos a colaborar com o presente.
Um comentário:
Nem sempre a culpa é do treinador, mas a pressão que cai diante da diretoria faz com que a culpa seja toda dele.
Postar um comentário