Não tenho vocação para o provincianismo. Talvez alguém pense que não gosto daqui, que sou 'ingrato' com a cidade onde nasci e venho construindo minha vida e a de minha família.
Mas, se Santos não for incluída como destino recomendado pelo Ministério do Turismo para a Copa do Mundo de 2014, não lamentarei um só minuto a possibilidade de que essa decisão seja tomada.
Para receber muito mais visitantes do que costuma, o município precisaria de mais estrutura: novos hotéis, melhores acessos, trânsito fluente (com opções viáveis em horários de pico), mão de obra qualificada, um aeroporto próximo.
E nada disso acontecerá antes de 2014. Mesmo que o mundial de futebol fosse em 2018, não creio que Santos e região estivessem preparadas, até lá, para receber parte de um acontecimento com tamanha magnitude.
Dizer por que Santos ainda não merece plenamente ser objeto de tanta atenção do Governo é chover no molhado: desde 1919, fala-se na construção de um aeroporto regional; o primeiro esboço de uma ponte entre Santos e Guarujá foi apresentado em 1927; o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é ideia de 13 anos.
Temos alguma dessas coisas?
Até aqui, a Baixada Santista é como alguém a quem se deram inúmeras oportunidades na vida; porém, preguiçoso e incompetente, jogou-as todas fora. Ainda pode tomar jeito. Do contrário, dane-se: não há por que ter pena.
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