Volta à tona a discussão sobre o transporte hidroviário de passageiros na Baixada Santista. Aproveitar os rios da região para circular entre uma cidade e outra está nos planos de prefeitos locais, em conjunto com o Governo Estadual.
Reportagem da colega Alcione Herzog, de 'A Tribuna', que percorreu 50 quilômetros de rios juntamente com os repórteres-fotográficos Alberto Marques e Irandy Ribas, mostra que, em 2010, a Codesp (estatal que administra o Porto de Santos) havia apresentado um relatório sobre o assunto.
Mas, agora, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) planeja gastar R$ 1,5 milhão na contratação de um estudo para saber se um sistema hidroviário de transporte seria viável.
Caso saia do papel e da maneira adequada, ótimo. Depender do monopolizado transporte coletivo por ônibus nesta região é um desastre. No entanto, coisas assim mostram como os governos demoram para tomar providências em favor das pessoas.
"O que impede a Prefeitura (de Santos) de utilizar as águas territoriais do Canal de Bertioga? Cada vez que o prefeito passa pelo Guarujá para alcançar Bertioga, está demonstrando que não há continuidade territorial", dizia o ex-prefeito cassado Esmeraldo Tarquínio, em 13 de março de 1979 -- há 33 anos --, no dia em que recuperou seus direitos políticos.
'A Tribuna' também tem editoriais sobre o problema da habitação popular no Dique da Vila Gilda (de 1965) e a tão sonhada ligação entre Santos e Guarujá (de 1963).
E, hoje, também no jornal, há uma frase do atual presidente do Condesb, Paulo Wiazowski Filho (DEM), pela qual "o 'boom' imobiliário em Santos vai respingar nos outros municípios. Temos que pensar a região como um todo". Se só agora ele se deu conta disso, é pena: faz seis anos que a explosão imobiliária de médio e alto padrões vem afetando a região irremediavelmente.
Dá para entender por que se duvida tanto das boas intenções manifestadas por políticos?
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