Agora pela manhã (terça-feira, 28/2), prefeitos e representantes do Governo Estadual reúnem-se no encontro mensal do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). Elegerão novo presidente para o órgão, que deve ser o chefe do Executivo de Mongaguá, Paulo Wiazowski Filho (DEM).
Se tiverem lido 'A Tribuna' antes de ir à reunião, poderão eleger como novo tema realmente prioritário a questão da segurança pública. Reportagem de minha autoria, com colaboração da colega Tatiane Calixto (que reuniu os dados) e publicada na edição desta terça-feira, mostra que os bandidos começaram o ano mais violentos do que em janeiro do ano passado.
Houve menos furtos (subtração de bens sem violência contra a vítima), mas cresceu o número de roubos (modalidade de assalto com ameaças ou agressão). Em apenas duas cidades caiu a quantidade de ações à mão armada: Peruíbe e Santos. Mas, nesta última, nota-se o curioso fato de que a criminalidade migrou -- queda significativa no Gonzaga, aumento na Zona Noroeste, conforme dados oficiais.
As ocorrências de furtos e roubos de veículos, também decrescentes em Santos, ampliaram-se da linha da máquina para trás. Enquanto as regiões da Ponta da Praia e do Gonzaga, na orla, sofreram menos com os ladrões de carros e motos, o Jabaquara (onde está o 2º Distrito Policial) tornou-se campeão de ocorrências no primeiro mês deste ano.
As regiões santistas distantes da orla são apenas um dos problemas em segurança que as autoridades devem enfrentar. O outro está em cidades geralmente apinhadas de turistas no verão e que, independentemente da população flutuante (a que se estabelece nas cidades em períodos de temporada), tiveram elevação expressiva na quantidade de habitantes.
Praia Grande é o exemplo mais evidente. O total de moradores subiu quase 35% em apenas dez anos, segundo o Censo. E, apenas entre janeiro de 2011 e janeiro deste ano, teve o maior número de assaltos entre os municípios da Baixada (550). Mais: a quantidade de ocorrências saltou 55,2%, na comparação desses dois meses.
Tudo isso põe no chão qualquer alegado planejamento estratégico contra a criminalidade. O Condesb nunca discutiu isso com a rapidez e a intensidade desejáveis e necessárias. Mas há esperança: este é um ano eleitoral, em que todos estão dispostos a trabalhar. Só que, em 2013, ocorrerá a posse dos eleitos e, aí, meses para botar a casa em ordem. Bom para a bandidagem.
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