(Texto originalmente publicado no 'Dia a Dia', blog de política de A Tribuna On-Line)
A Baixada Santista está prestes a ficar sem nenhum deputado para representá-la,
de forma efetiva e com dedicação exclusiva, na Câmara Federal e na Assembleia
Legislativa. Isso ocorrerá, ao menos, até outubro, caso todos confirmem suas
pré-candidaturas a prefeito em três cidades da região:
. Santos – Beto
Mansur (federal, PP), Paulo Alexandre Barbosa (estadual, PSDB) e Telma de Souza (estadual, PT);
. Praia
Grande – Alberto Mourão (federal, PSDB);
. Guarujá – Protógenes Queiroz
(federal, PC do B).
Há outros parlamentares eleitos pela Baixada, mas que
não entram no cálculo por dois motivos. No caso de Márcio França (federal, PSB),
por ocupar a Secretaria Estadual de Turismo; e Bruno Covas (estadual, PSDB), por
ser secretário de Estado do Meio Ambiente e porque, no ano passado, transferiu o
título de eleitor de Santos para São Paulo, no fracassado projeto de concorrer à
Prefeitura da Capital.
Mesmo que deputados não precisem se afastar dos
cargos durante as campanhas eleitorais, é improvável que consigam exercer
adequadamente seus mandatos ao mesmo tempo em que concentram esforços em busca
de outro cargo.
O deputado Alberto Mourão, por exemplo, admite tal
dificuldade. Ele declarou à repórter Suzana Fonseca, na edição desta
quinta-feira (31/5) de 'A Tribuna', que, “quando a campanha deslanchar, já
estará no recesso. Depois do recesso, pego uma licença de 45 dias”.
É
algo parecido com o que ocorreu logo após as eleições de 2010, quando se cogitou
a nomeação de três deputados eleitos pela região (concretizada em janeiro
seguinte) ao primeiro escalão do Governo Estadual: Barbosa, França e Covas.
Eleitos para um posto, transferiram-se a outro.
São brechas que a
legislação eleitoral, feita por quem tem pretensões políticas, não cobre.
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