quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Metropolização: hora de consolidar

Uma sugestão aos que forem eleitos prefeitos neste ano: sejam metropolitanos.

Faz 16 anos que a Baixada Santista é oficialmente considerada uma metrópole. Os nove prefeitos e nove representantes do Governo Estadual reúnem-se, todo mês, no Conselho de Desenvolvimento da Região (Condesb).

Mas o que foi concretizado em termos regionais, de interesse conjunto dos moradores das nove cidades? Os problemas regionais de saúde, educação, transporte coletivo, trabalho e moradia só fizeram piorar desde 1996 -- um período de quatro governos.

A questão habitacional se complicou da década passada para cá, à medida que o setor da construção civil obteve mais facilidades em Santos, com mudanças na legislação que limitava o tamanho de edifícios na cidade. Com imóveis e aluguéis mais caros, muitos se mudaram.

Como exemplo, Praia Grande, cuja população aumentou quase 35% entre 2000 e 2010, conforme o Censo. Ali, hoje, há gente que não pôde continuar em Santos. Porém, o efetivo policial não cresceu, nem de longe, na mesma proporção, como dá para constatar aqui.

Não me lembro se foi antes ou depois da metropolização, mas o então vereador Adelino Rodrigues, de Santos, chegou a propor a criação do "Estado da Baixada Santista", reunindo suas particularidades e demandas. Acho que não é para tanto, mas a consciência regional precisava de uma sacudida.

Como precisa ainda hoje. Com a explosão imobiliária e as perspectivas da exploração de combustíveis no pré-sal (só expectativas, até agora), cada vez mais cidadãos trafegam por duas cidades ou mais diariamente. Os governantes têm de ver isso. O eleitor tem de cobrar.

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