Coincidentemente, um dia após a postagem de ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou as estimativas nacionais de população. As projeções, feitas a cada 12 meses, são para 1º de julho deste ano.
Tomando-se os cálculos como corretos (pois o IBGE segue tendências de crescimento ou queda do número de habitantes; não é um novo Censo, pois essa contagem ocorre só de dez em dez anos), a Baixada Santista continua crescendo pelas pontas.
A região metropolitana, que é a 15ª maior do País, teria, agora, 1.692.425 pessoas -- aumento de 1,70% em relação aos 1.664.136 cidadãos registrados em 2010, ou 28.289 moradores.
Essa variação corresponde a mais da metade da população da menor cidade local, Mongaguá; ela foi única das nove da Baixada a não ter atingido os 50 mil habitantes. Mas, proporcionalmente, só ficou atrás de Praia Grande em crescimento populacional.
A tabela a seguir, com dados divulgados nesta manhã pelo IBGE, mostra isso:
Cidade
|
2010
|
2012
|
Diferença
|
Bertioga
|
47.645
|
50.304
|
2.659
(+5,58%)
|
Cubatão
|
118.720
|
120.293
|
1.573
(+1,32%)
|
Guarujá
|
290.752
|
294.669
|
3.917
(+1,35%)
|
Itanhaém
|
87.057
|
89.332
|
2.275
(+2,61%)
|
Mongaguá
|
46.293
|
47.984
|
1.691
(+3,65%)
|
Peruíbe
|
59.773
|
61.030
|
1.257
(+2,10%)
|
Praia
Grande
|
262.051
|
272.390
|
10.339
(+3,94%)
|
Santos
|
419.400
|
419.614
|
214
(+0,05%)
|
São
Vicente
|
332.445
|
336.809
|
4.364
(+1,31%)
|
BAIXADA
|
1.664.136
|
1.692.425
|
28.289
(+1,70%)
|
Mongaguá e Praia Grande (esta, com 10 mil novos moradores em apenas dois anos) são municípios vizinhos. Dá para deduzir que, talvez, haja gente que não mais consiga viver em Praia Grande e esteja descendo o mapa da Baixada Santista.
O território praia-grandense, bastante extenso, com 22 km só de praias, vem recebendo empreendimentos imobiliários de padrão superior à média. Ao mesmo tempo, não se investe, ali, em nada visível em moradia popular -- da qual precisam os mais pobres, em parte forçados a se mudar.
Um comentário:
Enquanto isso, só para citar um exemplo, a SABESP tem que rebolar para integrar os sistemas de abastecimento de água de Guarujá e dos municípios do litoral Sul, com o sistema central, pois os mananciais locais não darão conta do déficit de produção, agravado pelo perfil balneário destes municípios.
Tudo a um custo milionário.
Não seria mais racional promover políticas urbanas para fixar a população no centro da região?
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