terça-feira, 7 de agosto de 2012

No primeiro turno? Talvez

Com nove candidatos à Prefeitura de Santos e sem que João Paulo Tavares Papa (PMDB) possa disputar a reeleição, era de se imaginar uma disputa acirrada pela sucessão ao Palácio José Bonifácio.

Era. Exceto se a propaganda eleitoral na televisão, que começará no dia 21, tiver força suficiente para reverter uma tendência: a de que Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) vença as eleições já no primeiro turno.

Hoje, a dois meses do pleito, o jornal 'A Tribuna' divulga levantamento do Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), para o qual foram entrevistadas 800 pessoas, nos dias 30 e 31 de julho. Este é o resultado:

Gráfico publicado hoje em 'A Tribuna' (clique para ampliar)

Se você não conseguiu ler o gráfico, Barbosa tem 40,9% das intenções de voto; Telma de Souza (PT), 19%; Beto Mansur (PP), 12,1%; Sérgio Aquino (PMDB), 3,6%; Fábio Alexandre Nunes, o Professor Fabião (PSB), 3,1%.

Os outros quatro candidatos, juntos, somam 1,1%, desconsiderada a margem de erro, de três pontos percentuais para mais ou para menos. Foi a primeira sondagem do IPAT desde o início da campanha eleitoral, um mês atrás.

Em resumo, enquanto o tucano tem 40,9% das intenções de voto, os demais concorrentes, juntos, somam 38,9%.

Claro que há a margem de erro e 11,9% de indecisos; outros 8,3% pretendem votar nulo ou em branco. Mas, numa campanha que mal começou e da qual participam dois ex-prefeitos cujos mandatos foram bem avaliados, o atual cenário é de um massacre.

A resposta parece simples: falta renovação política. Esta é a oitava eleição para a Prefeitura desde 1984, quando Santos recuperou sua autonomia política. Telma está participando pela sexta vez. Quanto a Mansur, é padrinho político de Papa -- que indicou favorito à sucessão (Sérgio Aquino).

Daí porque Paulo Alexandre Barbosa, do alto de seus 33 anos (nada contra: também tenho), é a representação do novo para o eleitor. Mas não, do inédito. Naquele distante 1984, o prefeito de Santos era seu pai, o nomeado Paulo Gomes Barbosa.

Paulo Alexandre nada tem com isso. São pessoas e momentos diferentes. Mas é singular, na rica história política desta terra, que a cidade tanto tenha se transformado para, daqui a 60 dias, ir às urnas para continuar a mesma. Independentemente de quem for eleito.

Um comentário:

Anônimo disse...

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Paulinho está de bem com o eleitorado por algumas razões, a saber:
1 - Tem a força da juventude.
2 - Não pesam sobre ele acusações.
3 - Herdou a máquina eleitoral de seu pai e soube administrá-la em seu benefício.
Abraço,
Guido.
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