terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mortalidade infantil: para entender

Dizer que a Baixada Santista tem o menor índice de mortalidade infantil de sua história, como divulgou nesta segunda-feira (3/9) a Secretaria de Saúde do Estado, é uma meia vantagem. A proporção de mortes entre crianças menores de 1 ano persiste como a maior do Estado, e o volume de óbitos tem caído em velocidade mais baixa do que nas demais regiões paulistas.

Para entender: na média do território paulista, a mortalidade na infância diminuiu 31% desde 2001. Entre Santos e Bertioga, a queda foi de 24%. Por isso, hoje, os 16,8 óbitos por mil nascidos vivos por aqui, em 2011, são mais que o dobro da taxa registrada na região de Barretos (8 por mil).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), indicadores de morte de bebês são o principal parâmetro de como vai a saúde pública em determinada localidade. Depreende-se, portanto, que a região ainda está em situação delicada.

Mas isso decorre não só de problemas na saúde pública. Há tempos, a Baixada é campeã em déficit habitacional (em favelas e cortiços, a quantidade de nascimentos supera muito a média geral); tem a menor expectativa de vida no Estado; e está praticamente na rabeira dos níveis de escolaridade.

Todos esses elementos fazem com que esta região promissora em termos econômicos permaneça distante de se preocupar adequadamente com o que deveria considerar o principal: as pessoas.

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