Dizer que a Baixada
Santista tem o menor índice de mortalidade infantil de sua história, como divulgou nesta segunda-feira (3/9) a Secretaria de Saúde do Estado,
é uma meia vantagem. A proporção de mortes entre crianças menores
de 1 ano persiste como a maior do Estado, e o volume de óbitos tem
caído em velocidade mais baixa do que nas demais regiões paulistas.
Para entender: na média
do território paulista, a mortalidade na infância diminuiu 31%
desde 2001. Entre Santos e Bertioga, a queda foi de 24%. Por isso,
hoje, os 16,8 óbitos por mil nascidos vivos por aqui, em 2011, são
mais que o dobro da taxa registrada na região de Barretos (8 por
mil).
Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), indicadores de morte de bebês são o
principal parâmetro de como vai a saúde pública em determinada
localidade. Depreende-se, portanto, que a região ainda está em
situação delicada.
Mas isso decorre não
só de problemas na saúde pública. Há tempos, a Baixada é campeã
em déficit habitacional (em favelas e cortiços, a quantidade de
nascimentos supera muito a média geral); tem a menor expectativa de
vida no Estado; e está praticamente na rabeira dos níveis de escolaridade.
Todos esses elementos
fazem com que esta região promissora em termos econômicos permaneça
distante de se preocupar adequadamente com o que deveria considerar o
principal: as pessoas.
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