sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Santos, 2 de agosto de 1983

Depois que o prefeito eleito Esmeraldo Tarquínio foi cassado e seu vice, Oswaldo Justo, renunciou, em 1969, os santistas ficaram proibidos de escolher seus governantes. Demorou 14 anos para que o direito de eleger diretamente os prefeitos de Santos fosse devolvido pelo regime militar.

Esse fato, o acontecimento político mais importante da história recente de Santos, ocorreu no final da tarde de 2 de agosto de 1983. Completa 30 anos hoje, marcado por duas coincidências históricas – uma, três décadas atrás; a outra, agora.

Na véspera da autonomia, uma caravana saiu de Santos rumo a Brasília, a fim de ir ao Senado acompanhar a votação (que não houve) de um projeto de lei do então deputado federal Gastone Righi, para a restituição do voto direto para prefeito em Santos.

Mas, naquele 1º de agosto, morreu um dos expoentes da luta pela autonomia: o sindicalista Leonardo Roitman, vereador eleito pelo PCB em 1947 e impedido de assumir o cargo.

E ontem, 1º de agosto de 2013, partiu o ex-vereador e também sindicalista Moacir de Oliveira. Juntamente com o também falecido Eduardo Castilho Salvador e Adelino Rodrigues, compôs uma comissão, na Câmara Municipal, para a retomada do direito ao voto para prefeito em Santos.

A autonomia foi devolvida pelo Decreto-Lei 2.050, assinado pelo presidente da República em exercício, Aureliano Chaves. O prefeito era Paulo Gomes Barbosa, último nomeado para o cargo pela ditadura, na cidade, e que governou até julho de 1984.

Desde então, Santos teve prefeitos de diversas correntes ideológicas: Oswaldo Justo (que teve como vice o filho de Tarquínio, Esmeraldo Tarqüinio Neto), Telma de Souza, David Capistrano, Beto Mansur, João Paulo Tavares Papa e Paulo Alexandre Barbosa – filho do último nomeado.

Os santistas já sofremos muito politicamente. Para amenizar essas e outras atribulações, promove-se, justamente hoje, uma Ação do Coração na cidade, para espalhar amor em toda parte.

Mas uma ação ainda melhor em prol do coração (e de tudo mais) é votar direito, acompanhando os eleitos depois. Teremos novas chances em 2014 e, em nível municipal, 2016. Aprender é preciso.

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