Reportagem que escrevi para 'A Tribuna' de hoje (clique para ampliar) |
Alguns poderão dizer que a eleição do deputado federal Márcio França (PSB) para vice-governador é sinal de prestígio para a Baixada. Bobagem. No cargo, não poderá privilegiar a região. Ademais, França chegou lá por presidir o PSB paulista, um dos maiores partidos governistas em São Paulo – não por ter despontado em São Vicente.
Mesmo o fato de a Baixada ter mantido sua representação numericamente (seis parlamentares) significa pouco. João Paulo Papa (PSDB), campeão de votos, foi apenas o 18º dos 20 eleitos em sua coligação partidária; Beto Mansur (PRB) não teve a metade dos votos de 2010 e só se reelegeu puxado por Celso Russomanno (PRB).
Candidatos bem votados impõem mais respeito na hora de pedir dinheiro para uma região e a concretização de projetos. Afinal, puxam votos para concorrentes a governador e presidente, ajudando em sua (re)eleição. Em política, 'amizades' são relativas. Entre um deputado com base eleitoral grandiosa e outro nem tanto...
A região também parece estar declinando politicamente porque não se identifica como metrópole. Boa parte dos candidatos se apresentou como postulantes de uma cidade, não da Baixada. E o eleitor costuma levar isso em conta, pois não se pode esperar que parta dele o pensamento metropolitano que políticos deveriam ter.
Enquanto não há voto distrital – nem consenso de que seria melhor para escolha de candidatos –, líderes partidários poderiam debater logo algo impopular: concentrar-se em nomes qualificados e viáveis para 2018. Em 2006, dos 58 postulantes a deputado estadual, 18 superaram 10 mil votos; neste ano, só 13 dos 66. Queda livre.
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