sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A Câmara de Santos e a 'banana-ouro'

A imprensa é importante na fiscalização das instituições, na denúncia dos abusos de poder, dos superfaturamentos de obras e coisa e tal.

Mas a democracia tem outros poderes: o Executivo (quem governa) e o Legislativo (que, além de propor leis, fiscaliza quem governa).

O problema é que, no regime democrático brasileiro (não só aqui, mas também), os governantes e legisladores se limitam a reagir à imprensa.

Como no caso dos altos preços dos alimentos para os animais do Orquidário de Santos: não fosse a imprensa, a Câmara nada diria.

E quase não disse: um vereador de oposição falou, um governista leu uma carta de esclarecimento, um terceiro fez um discurso estranho.

Os outros 18? Um pede plantio de árvore. Outro elogia alguém. Raros são os vereadores e assessores capazes de, pelo menos, ler o Diário Oficial.

Era nesse jornal onde estava a tabelinha com o quilo da pera a R$ 14, o da a maçã a R$ 10,40 e o da banana-ouro (perdão, nanica) a R$ 8,50.

Mas os vereadores preferem ficar pedindo à Prefeitura coisas que qualquer cidadão poderia solicitar num telefonema. E ganham votos.

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