Cada coisa: andei pensando, dia desses, em Boris Casoy. Foi por causa daquele comentário indecente que fez sobre garis que desejavam Feliz Ano-Novo aos telespectadores do 'Jornal da Band'. E também porque, faz umas três semanas, o Ministério do Trabalho e Emprego tem concedido registro a qualquer pessoa, diplomada ou não, para o exercício da profissão de jornalista.
Ligando os pontos, imaginei um telejornal apresentado por lixeiros. E, na chamada para os comerciais, dois repórteres desejando um 2011 melhor aos telespectadores.
Se vazasse o áudio de um dos garis-apresentadores...
— Caraca! Dois jornalistas, do alto de seus bloquinhos, desejando Boas Festas. Dois jornalistas... O mais baixo na escala do trabalho!
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Por não defendermos como deveríamos a nós e aos outros, o que resta de credibilidade e relevância a esta categoria (na qual qualidade, ética e compromisso social têm sido deficientes) tende a ser varrido e jogado no aterro sanitário da História.
E se, desde sempre, respeitássemos quem trabalha honestamente — 'margaridas', limpadores de valas, catadores de papelão, por exemplo —, não veríamos jornalistas desprezando gente humilde e fazendo questão de andar com cidadãos que não valem o lixo que jogam fora.
Um comentário:
Casoy é menos útil que qualquer vassoura, mais nocivo que qualquer via suja.
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