Não tinha visto o noticiário de hoje. Saí rapidamente para o supermercado e, na banca de jornais no meio do caminho, uma manchete da 'Folha de S. Paulo' sobre a "dianteira" do presidenciável José Serra (PSDB) na mais recente sondagem eleitoral do Datafolha.
No meio da semana, levantamento do Instituto Sensus apontava um empate técnico entre o tucano e a pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rouseff.
Mas de que serve uma pesquisa de intenção de votos a cinco meses e meio das eleições? De que valem números e gráficos se o eleitorado, em sua imensa maioria, não faz a menor ideia das propostas dos futuros concorrentes à Presidência?
No fundo, não é perda de tempo. O consumidor de informação (leitor, ouvinte, internauta, telespectador) um pouquinho mais atento perceberá o que a mídia quer. E se, em outubro, a maioria do eleitorado agir ao contrário do que pretendem certos empresários de comunicação, veremos a influência desses grupos sobre a opinião das pessoas.
A julgar pelos possíveis resultados, pode ser o início de um caminho pelo qual a Imprensa irá recuperar sua credibilidade. A não ser que o baronato midiático opte pela teimosia.
Alguém vai se dar mal.
Um comentário:
Pois é, Rafa. É mesmo impressionante a postura de alguns grupos. Seria muito mais bonito se cada um deixasse claro no editorial sua posição: somos Serra ou somos Dilma. Mas não. Preferem continuar fingindo imparcialidade. E a capa da Veja desta semana, vc viu? http://veja.abril.com.br/revistas/
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